My so-called social life
Quem me apresentou ao mundo dos blogs, alguns anos atrás, foi a pioneira Fernanda, minha amiga e quase vizinha. Senti uma ligeira vontade de criar um blog também, mas não fui adiante porque sou extremamente self conscious em público, e tenho pavor de rejeição (sou do tipo que sempre acha que não vai aparecer nenhum convidado nas minhas festas de aniversário). Aí chegou a época das eleições nos EUA, e fiquei viciada em ler os blogs políticos da esquerda americana. Vi o meu amigo Steve criar um blog para extravasar sua raiva contra a BushCo e ajudar a desmascarar as mentiras do Governo. Uma coleguinha do Rio de Janeiro, Andréa, deu força para eu iniciar um blog também, pois no mínimo ia me ajudar a desenferrujar minha verve jornalística. Então resolvi estrear em setembro de 2004, sem grandes pretensões. E não me arrependo. Além de ser um exercício delicioso de desabafo, pesquisa e troca de informações, blogar é também uma forma de fazer amigos com quem você se identifica e admira e sente saudade, mesmo sem nunca tê-los visto frente a frente. Quando se está morando no exterior, longe da família, dos velhos amigos, numa fase em que se está ocupado demais com trabalho e filho pequeno, a nossa vida social não é o que se pode chamar de movimentada. O blog se transforma então no nosso boteco preferido, na happy hour depois do trabalho, ou naquela caminhada da praia onde encontramos os amigos de sempre ou gente que não víamos há anos. E de repente tenho que parar de escrever porque meu filho fez cocô e tenho que trocar a fralda dele ASAP.
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