O rádio está morto. Viva o rádio!
Grandes empresas como Clear Channel e Infinity são as únicas donas da maior parte das estações de rádio americanas. O resultado disso é uma programação uniformizada, sem ousadia, submissa à censura do governo. Quem se interessa por música realmente alternativa e inovadora tem que recorrer à Internet, em podcastings, em sites que disponibilizam música em MP3, ou em rádios alternativas online. O excelente Mark Morford, colunista do SF Gate (versão do San Francisco Chronicle on line), escreve hoje que as raras estações de rádio realmente independentes e que trazem boa música rock "are few and far between and they're going down faster than shots of formaldehyde into Laura Bush, and while I'm always happy to hear that companies like Clear Channel, that nasty and adorably soulless megacorporate owner of roughly 1 billion preprogrammed radio Dumpsters across the nation, just posted a $4.7 billion loss, there is no new model coming up behind, no pending radio revolution on a large scale, no new way to introduce the world to butt-shaking new artists en masse". Ou seja, blogs e net streams não são suficientes para atingir toda uma geração de ouvintes, como as rádios de rock independentes conseguiram nos anos 60 e 70. A juventude se guiava na expertise de programadores e disc jóqueis para saber quem seria the next big thing, a banda mais revolucionária e que iria mudar a sua vida para sempre. Hoje em dia, os ouvintes desavisados pensam que Matchbox 20 é rock legítimo, ou que Beyoncé faz boa música, e DJs são nada mais que matracas dizendo piadinhas sem graça e anunciando títulos de músicas e eventos da Clear Channel. Morford ainda se agarra à esperança que a revolução dos podcasts contribua, de alguma forma, para o renascimento do rock radio, livre das garras corporativas.
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