Oompa loompa, doompa-dee-doo...
Um dos filmes que mais me fascinou na infância foi Willie Wonka e a Fantástica Fábrica de Chocolates, de 1971. Achava o filme até um pouco cansativo (como todo musical) e cruel, mas eu me deliciava com a possibilidade do rio de chocolate e daquelas engenhocas malucas, em especial aquele elevador que subia até o céu. Aliás, essa imagem me impressionou tanto, que tenho um sonho recorrente em que estou num elevador que fura o telhado do prédio, ou anda pro lado. O filme era também uma mensagem muito forte contra as crianças mimadas e egoístas, todas tendo um fim horrível. E não dá para esquecer a música dos Oompa-loompas, os trabalhadores anões, ou a performance de Gene Wilder no papel de Willy Wonka.
Agora, mal posso esperar para ver a nova versão do clássico, baseado no livro de Road Dahl, Charlie and the Chocolate Factory, que estréia hoje nos cinemas americanos e já está sendo considerada melhor que a original. Com direção de Tim Burton (perfeito pra esse tipo de filme), meu queridinho Johnny Depp no papel principal, e aquele ator inglês fofo que fez o Peter de Finding Neverland, como o menino pobre Charlie, o filme está sendo muito elogiado pela crítica, que destaca a performance dos atores como sendo ainda mais fantástica que o incrível mundo criado por Burton. Pelo que eu vi até agora, o visual do filme aposta numa estética timeless, as crianças vestidas numa mistura de roupas clássicas e modernas, o interior da fábrica integrando visões de contos de fadas com salas assépticas e futuristas.
By the way, acabo de descobrir que o Road Dahl escreveu em 1972 uma continuação do seu livro, chamada Charlie and the great glass elevator. A aventura começa exatamente onde a história anterior terminava -- o elevador voando no céu. Mistura reflexões sobre a infância com paródias à corrida espacial.
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